O Conde de Porto Alegre – Tenente-General Manoel Marques de Souza III – nasceu em 13 de junho de 1804, em Rio Grande. De descendência nobre e guerreira, teve como exemplos o avô, Tenente-General Manoel Marques de Souza I (1743-1822), comandante por 25 anos da fronteira, e governador da Província de São Pedro do RGS; e o pai, o Brigadeiro Manoel Marques de Souza II (1780-1824), comandante da cavalaria brasileira nas batalhas na Campanha Cisplatina. Seu nome está profundamente ligado à cidade de Porto Alegre, condado do qual é o Conde. É sua a primeira estátua da capital, inaugurada em dois de fevereiro de 1885, pela princesa Isabel, na Praça da Matriz, e transferida em 1910 para a praça que o homenageia. O Conde de Porto Alegre, Manoel Marques de Souza III, participou ativamente da história do século XIX, exercendo papéis da mais alta importância na defesa da Pátria, durante o período do Império. Liderou a retomada de Porto Alegre aos farrapos em 14/15 junho de 1836. E foi o grande negociador da Paz Farroupilha junto ao Ministério, em dezembro de 1844. Atuou como comandante brasileiro nas Guerras Cisplatina e do Paraguai. Foi o grande herói das batalhas de Monte Caseros (1852), Curuzu (1866), e na segunda de Tuiuti (1867). Em Uruguaiana, como Comandante em Chefe do Exército Brasileiro no Rio Grande do Sul, promoveu a rendição de Estigarribia, (1865). Havia sido Ministro da Guerra por cinco dias, no 17o Gabinete do Segundo Império, de 24 a 30 de maio de 1862; Comandante das Armas da Província do Rio Grande do Sul em 1852 e Deputado eleito na Assembléia Geral nas décima (1856), décima primeira (1860) e décima quinta (1872) Legislaturas.
Por seus altos méritos ganhou a Cruz de Prata das Campanhas de 1818 a 1822; o Hábito da Ordem de Cristo; as insígnias de Comendador da mesma Ordem; as insígnias de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro; o título de Dignatário da mesma Ordem; as insígnias de cavaleiro da Imperial Ordem de São Bento de Avis; a medalha de ouro da Batalha de Monte Caseros, pendente de fita azul do pescoço; a Grã-Cruz da Imperial Ordem de Cristo; a da Cisplatina; a de Uruguaiana, a de Mérito e Bravura Militar e a Geral da Campanha do Paraguai.
Em 1852, com Oliveira Belo, criou o Partido Liberal Progressista no Rio Grande do Sul. Homem culto, também foi um dos fundadores do Partenon Literário (onde criou em 1869 a abolicionista Sociedade Libertadora) e do Segundo Instituto Histórico do RGS. Em 1862, foi nomeado Conselheiro de Estado e Diretor do Imperial Instituto Rio Grandense de Agricultura. Ele é o Patrono do Regimento Conde de Porto Alegre – 8o RCMec de Uruguaiana, e do município de Marques de Souza, no Rio Grande do Sul. O nome Conde de Porto Alegre também é homenageado por uma rua no bairro Floresta, e pelo Solar sede do IAB, onde morou (imóvel tombado pelo Patrimônio Histórico e Cultural do Município).
Recebeu o título nobiliárquico de Barão em três de março de 1852, Visconde em vinte e oito de agosto de 1866 e Conde em onze de abril de 1868 – todos por decreto imperial e com grandeza. O Brasão de Conde de Porto Alegre pode ser identificado pela nobre ascendência com escudos dos antepassados, com as Armas os Sousas do Prado, Sousas Chichorros, Leitões, Azevedos, Limas e Marques.
O Conde de Porto Alegre, ao falecer, em 18 de julho de 1875, no Rio de Janeiro, era Tenente-General do Exército Imperial e Conselheiro de Estado.
Pesquisa : Carmen Lucia Ferreira da Silva – F. 3388-2652
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