63 anos de conquistas e realizações

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Estamos festejando mais um ano de existência e realizações de nossa entidade – o Departamento Rio Grande do Sul do IAB. Desde que um punhado de pioneiros idealistas resolveu, para aproveitar a ocasião da criação do Curso de Arquitetura na Universidade do Rio Grande do Sul, para aqui em Porto Alegre organizar mais um departamento do Instituto de Arquitetos do Brasil, e na mesma ocasião realizar um Congresso Brasileiro de Arquitetos, passaram-se muitos anos e diversas realizações. O IAB do Rio Grande do Sul tem uma sólida tradição de participação em eventos e fenômenos políticos do nosso Estado. E tem também marcante presença como um dos Departamentos mais atuantes de nossa entidade nacional.

O que marca especialmente o cumprimento desse 63º aniversário do IAB-RS é o momento de grande jubilo pelas conquistas e vitórias que obtivemos nos últimos quatro anos para a profissão da arquitetura. Comecemos por dizer simplesmente que enfim temos o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU)! Desde que, há mais de cinquenta anos, o IAB lançou a proposta de um conselho próprio, nunca deixamos de sonhar com esse dia. Uma geração inteira de jovens arquitetos, incluindo alguns dos mais talentosos expoentes da arquitetura brasileira e rio-grandense, viram suas vidas transcorrer sem esmorecerem na luta por esse ideal, não poucos tombando sem ver sorrir a Vitória.

A criação do CAU é um fenômeno político, e sua real possibilidade de concretização iniciou quando as entidades nacionais de arquitetos, deixando disputas e diferenças de lado, reuniram-se na formação do Colégio Brasileiro de Arquitetos, expressando a inequívoca vontade dos profissionais de um novo rumo para a Arquitetura Brasileira. Da reunião e do diálogo surgiu uma proposta única, capaz de ser abraçada sem receio pelos poderes públicos, um conceito de Conselho profissional enxuto e democrático, cuja legitimidade será incontestável.

Essa legítima expressão da vontade da profissão, representada por suas entidades, não encontrou um caminho sem oposição, provinda de uma estrutura burocrática autofágica e voltada para a manutenção de um poder de mentirinha, que não iria aceitar pacificamente que nossa saída do tal "Sistema" expusesse o feitio fabuloso de sua rica vestimenta. Voltado para o poder dos seus privilegiados burocratas, o mesmo "sistema" tenta esconder que nada provê às profissões que registra e de quem tão zelosamente arrecada taxas e emolumentos. Ninguém iria atrapalhar a arrecadação de um tão rico orçamento sem despertar a fúria de presidentes, assessores parlamentares, falácias e mentiras.

Mas contra uma vontade tão legítima, de tal forma cristalina expressa pelo Colégio Brasileiro de Arquitetos, que poder poderia opor senão um exército de fábula? Contra essas forças da falácia, as entidades do CBA, e mais do que todas, o IAB, moveram uma feroz campanha, muito bem articulada por nossas lideranças nacionais.

O Departamento do Rio Grande do Sul pode orgulhosamente contemplar essa obra também como sua, sabendo quanto esforço despendeu pela prevalência da verdade. Não atuamos sozinhos. Entre os políticos rio-grandenses, contamos forças muito bem esclarecidas e conscientes da necessidade da profissão. Mencionemos o ilustríssimo senador Sérgio Zambiasi, que diretamente do Plenário do Senado Federal manteve a diretoria do IAB informada sobre as duas aprovações que o CAU teve naquela casa, que deve a ele um empenho incansável no convencimento de seus pares. Mencionemos o deputado Luis Carlos Busato, relator do projeto que valiosas contribuições nos deu, incluindo aquela que ainda queremos ver aprovada pelo Congresso, da justa participação dos arquitetos no patrimônio que ajudaram a construir em setenta e sete anos de convívio com seus irmãos de outras profissões. Não esqueceremos jamais da colaboração da deputada Manuela Dávila, que tão sabiamente presidiu uma das aprovações do CAU, dos deputados Mendes Ribeiro Filho Eliseu Padilha e Henrique Fontana, líder do Governo, que emprestou apoio à causa. A todos os membros do Congresso Nacional estendemos esse sentimento agradecido pela realização da justiça.

Duas figuras nacionais despontam com promotores benfazejos da Arquitetura, o Senador e ex-presidente José Sarney e o ex-presidente Luis Inácio da Silva. O primeiro porque, no momento em que a criação do Conselho era uma possibilidade remota, emprestou seu próprio nome à apresentação do Projeto de Lei do CAU. O segundo porque, frente a uma proposta justa que precisava de um devido encaminhamento, determinou que assim fosse feito.

Mas a aprovação do CAU não encerra a luta pela melhoria do exercício profissional de nossa profissão. Muito pelo contrário, apenas dá partida a um processo extremamente complicado em que teremos de estar atentos e fortes. Devemos estar preparados para unir nossas forças com as outras entidades que compartilham nossos propósitos. Há mais de dez anos contamos no Rio Grande do Sul com a organização similar ao CBA, o Forum de entidades do Rio Grande do Sul, que nos une à AsBEA, ao Sindicato de Arquitetos e à Associação de Arquitetos de Interiores do Rio Grande do Sul. Com o Forum, temos o instrumento para melhorar as condições de todos os arquitetos do Rio Grande do Sul, e especialmente queremos garantir que o futuro Conselho Exclusivo não irá repetir os vícios que nos fazem repelir tantas práticas vigentes hoje.

Mas só a união das entidades não basta, não vamos nos iludir. Cada associado do IAB deve estar consciente que é agora que mais precisamos de apoio e união. Sabemos que o IAB deve dar todo seu apoio para reerguer o SAERGS, Sindicato de Arquitetos do Rio Grande do Sul, que foi resgatado heroicamente por um grupo abnegado de jovens idealistas e que poderá ter um papel decisivo para o estabelecimento de uma nova perspectiva para tantos colegas.

Sabemos que os arquitetos não devem jamais deixar de participar da luta política em defesa do nosso objeto profissional, a cidade, o espaço onde habita o ser humano. Disso, a sociedade rio-grandense tem certeza, o IAB está do lado que defende a qualidade do espaço existencial, a justiça e a democracia, e o direito de todos às conquistas da cultura e da civilização.

O IAB deverá manter até o fim desta gestão sua atuação cada vez mais presente nas questões políticas e de interesse do desenvolvimento urbano do Rio Grande do Sul e de suas cidades, incluindo a Capital, que serve de cartão de visitas ao nosso Estado. Se hoje ainda vemos pouco valorizada a qualidade do desenvolvimento urbano, que parece submetido a um planejamento fraco que apraz ao desmando autoritário de governantes indignos, é porque a sociedade não está suficientemente consciente da correlação entre os problemas que enfrenta em seu dia a dia e as decisões que se procura tomar a portas fechadas, O IAB aponta: o caminho da Democracia é o antídoto para a corrupção de nosso espaço de vivência.

IAB - RS

Por: Diretoria Instituto de Arquitetos do Brasil - IAB

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