A “Arquitetura do Espaço Escolar: Educação e Sustentabilidade” foi tema do evento que ocorreu na noite de 04 de novembro, no Ponto de Cultura Solar do IAB. A proposta foi promover um debate, recolher contribuições de arquitetos, educadores e comunidade ao Projeto de Lei da Vereadora Sofia Cavedon – Escola Cidadã no Século XXI – que trata das condições de qualidade do ambiente construído das escolas municipais do ensino básico.
Participaram da atividade a vereadora do munícipio de Porto Alegre, Sofia Cavedon; a professora Dra. Regina Scherer, da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre; o engenheiro Dr. Miguel Sattler, do Núcleo Orientado para a Inovação da Edificação (NORIE), da UFRGS; o arquiteto Dr. Leandro Andrade, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRGS, além do arquiteto Leandro Andrade, do Escritório Modelo Albano Volkmer (EMAV-UFRGS). A mediação foi do arquiteto Rafael Passos, vice-presidente do IAB RS.
A vereadora Sofia Cavedon salientou que o projeto Escola Cidadã no Século XXI tem sua ênfase situada no espaço escolar, em interferir concretamente na construção e na readequação das escolas, porém, sua sustentação está ancorada na sua história, nos princípios pedagógicos, na concepção de sociedade, de sujeito e de educação que procuram reafirmar e aprofundar.
Para a vereadora, o espaço físico da escola teve pouca evolução, não acompanhando os debates dos últimos anos. “O Plano de Educação tem metas ousadas nos recursos, mas a gente sempre encontra um espaço anacrônico e degradado. Por isso a importância deste debate”, destacou Sofia. Segundo ela, é preciso pensar em um espaço de produção pedagógica, considerando as questões das novas temáticas de sustentabilidade. Sofia também questionou: O que é uma educação de qualidade? Consideramos as condições físicas de qualidade, pensando no conforto ambiental e na sustentabilidade?
A vereadora ainda falou sobre as condições mínimas de qualidade de infraestrutura e a discussão do plano de necessidades, considerando também a comunidade do entorno da escola. “Com isso, teremos uma democratização do processo”, destacou a vereadora.
Participaram da atividade a vereadora do munícipio de Porto Alegre, Sofia Cavedon; a professora Dra. Regina Scherer, da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre; o engenheiro Dr. Miguel Sattler, do Núcleo Orientado para a Inovação da Edificação (NORIE), da UFRGS; o arquiteto Dr. Leandro Andrade, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRGS, além do arquiteto Leandro Andrade, do Escritório Modelo Albano Volkmer (EMAV-UFRGS). A mediação foi do arquiteto Rafael Passos, vice-presidente do IAB RS.
A vereadora Sofia Cavedon salientou que o projeto Escola Cidadã no Século XXI tem sua ênfase situada no espaço escolar, em interferir concretamente na construção e na readequação das escolas, porém, sua sustentação está ancorada na sua história, nos princípios pedagógicos, na concepção de sociedade, de sujeito e de educação que procuram reafirmar e aprofundar.
Para a vereadora, o espaço físico da escola teve pouca evolução, não acompanhando os debates dos últimos anos. “O Plano de Educação tem metas ousadas nos recursos, mas a gente sempre encontra um espaço anacrônico e degradado. Por isso a importância deste debate”, destacou Sofia. Segundo ela, é preciso pensar em um espaço de produção pedagógica, considerando as questões das novas temáticas de sustentabilidade. Sofia também questionou: O que é uma educação de qualidade? Consideramos as condições físicas de qualidade, pensando no conforto ambiental e na sustentabilidade?
A vereadora ainda falou sobre as condições mínimas de qualidade de infraestrutura e a discussão do plano de necessidades, considerando também a comunidade do entorno da escola. “Com isso, teremos uma democratização do processo”, destacou a vereadora.
A participação do arquiteto Leandro Andrade, professor da FAU/UFRGS, do escritório Modelo José Albano Volkmer (EMAV), trouxe a questão do projeto e a pedagogia da autonomia, com lições do mestre Paulo Freire. Andrade considera o livro de Freire um manual para a prática de projetar. “ No ateliê pensamos no ensino de projeto”, destacou. Fazendo uma analogia entre o “ensinar” e o “projetar”, Andrade acredita que “Ensinar e projetar não é transferir conhecimento. Ensinar e projetar é uma especificidade humana”.
A professora da rede municipal de ensino Dra. Regina Scherer, que integra um grupo de pesquisa em história da educação, informou que o tema do espaço escolar faz parte de seus para o Conselho de Educação. “Pensar os espaços escolares é pensar na evolução histórica da educação em Porto Alegre. E também refletir como a cidade teve um certo retardo no processo com relação ao restante do país”, destacou. A professora citou o modelo das escolas municipais no governo de Leonel Brizola e também na criação dos CIEMS e CIEPS. “Não há registros se houve discussão sobre a relação entre projeto pedagógico e projeto arquitetônico neste período”, observou a professora.
Para Regina Scherer, a maior evolução do tema ocorreu no início dos anos 90. “ Surgiram nesta época as escolas diferenciadas, com modelos construtivistas”, lembrou. “Com o governo da Frente Popular, alguns projetos de escolas ganharam um padrão de edificação diferenciado”, complementou a professora.
Para ela, a escola não é um lugar isolado dentro da comunidade, a escola mantém uma relação estreita, ela não pode ser considerada um prédio a parte, ela é um espaço de convivência. “Temos que fazer essa relação entre escola e comunidade”, defendeu. Regina ainda destacou a abertura do espaço escolar para suprir a falta de espaço de cultura e lazer nas comunidades.
O engenheiro Miguel Sattler, falou de sua experiência de 30 anos voltados à sustentabilidade na Escola de Engenharia da UFRGS. Ele entende que a sustentabilidade deve ser tratada de forma interdisciplinar. Sattler acredita que as edificações e a paisagem refletem um currículo oculto que de uma forma muito poderosa influenciam o processo de aprendizagem. De acordo com o professor, o espaço físico tem que ser pensado como um instrumento de aprendizado. “Às vezes com pequenas modificações, a maioria dos espaços escolares poderiam ser de uma fábrica ou prisão. E alguns estudantes assim pensam que eles funcionam”, lamentou o professor, citando o pedagogo estadunidense David Orr.
Para Sattler, as edificações devem fazer uso eficiente de materiais e energia, com baixo impacto ambiental. “A gente acompanha hoje prédios que geram 105% da energia que consomem, são certificados, e geram mais energia que toda a energia consumida. Além disso, eles têm que captar 100% da água que consomem. Então esses aspectos devem ser considerados”, observou. O professor também defende que o projeto do espaço escolar deve prever o paisagismo produtivo, que pode ser consumido ou que promova a diversidade biológica um instrumento pedagógico.
Estudantes da FAU/UFRGS apresentam projeto de Creche Comunitária
Quatro estudantes do Escritório Modelo José Albano Volkmer, grupo de extensão universtiária da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRGS também participaram do evento, apresentando o projeto da Creche Comunitária no bairro Partenon, em Porto Alegre. O grupo relatou um extenso trabalho de projeto participativo, que começa na preparação de um cronograma de trabalho, realização de seminários e capacitação do grupo de trabalho e comunidade. “Também realizamos propostas de ação na comunidade e cadastramento das crianças e educadores”, informaram os estudantes.
Quatro estudantes do Escritório Modelo José Albano Volkmer, grupo de extensão universtiária da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRGS também participaram do evento, apresentando o projeto da Creche Comunitária no bairro Partenon, em Porto Alegre. O grupo relatou um extenso trabalho de projeto participativo, que começa na preparação de um cronograma de trabalho, realização de seminários e capacitação do grupo de trabalho e comunidade. “Também realizamos propostas de ação na comunidade e cadastramento das crianças e educadores”, informaram os estudantes.