Um encontro com direito a bate-papo com o autor, foi realizado na noite desta quarta-feira (12/03), na sede do IAB-RS, durante a primeira edição do ano do evento “Quarta no IAB”. Ao lado de amigos e de alguns companheiros de viagem, Cesar Dorfman apresentou o livro “Havana 63”. O arquiteto gaúcho recordou passagens da “maluquice” que foi a participação do VII Congresso da União Internacional de Arquitetos, em Havana, em 1963.
A viagem de treze dias de ida e treze dias de volta foi, segundo Dorfman, uma das coisas mais importantes que aconteceu em sua vida e na de outros estudantes que embarcaram, em Santos, no navio russo com destino a Havana, em Cuba.
“Ao longo desses 50 anos, contamos com prazer, inúmeras vezes, a história da viagem a Havana. O livro não foi feito para ser um marco em relação à luta contra a ditadura. Ele foi escrito para resgatar uma história importante, vivenciada em um momento muito significativo”, afirmou Cesar Dorfman.
Havana 63 é um livro de pesquisa, de reencontros e, sobretudo, de memória. As histórias que o autor narra são fatos de que se recorda, escritos da maneira que, como julga, deveriam ser escritos. O desafio de escrever o livro não foi fácil.
Dorfman conta que quando pensou em escrever o livro, conhecia poucos arquitetos que participaram do Congresso da UIA. “Fui a Montevidéu e recolhi alguns textos que pessoas me mandaram, além das importantes trocas de e-mails com arquitetos que foram ao encontro em Cuba”, afirmou ele.
O grupo ficou muito tempo no navio. Ao todo, foram mais de 20 dias à bordo e 10 dias em Havana. “De Havana, o que mais me lembro é o discurso de Fidel Castro. A praça estava cheia de gente e ele falou por mais de duas horas”, recordou Dorfman.