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DATACAD: O LEVANTAMENTO COMO DIFERENCIAL

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Entre os cursos ministrados no IAB-RS, um dos mais procurados é o DATACAD, que preenche uma lacuna nos currículos universitários, geralmente com disciplinas de computação gráfica, mas sem incluir no currículo a prática do levantamento cadastral. Voltado para a área da arquitetura e profissionais ligados à área, como projetistas e desenhistas, sua demanda tem ultrapassado fronteiras, com interessados em outros Estados brasileiros. O ministrante é o arquiteto e urbanista George Augusto Moraes de Moraes, que é funcionário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), tendo atuado na restauração de alguns prédios da instituição; atualmente cursando mestrado em Teoria, História e Crítica da Arquitetura pelo PROPAR/UFRGS e também integrante da Comissão de Patrimônio Cultural do IAB/RS. Durante três meses, ele oferece noções teóricas e práticas de computação e levantamento cadastral, em dois encontros semanais. A partir disto, os alunos têm um mês para apresentar o trabalho final: uma maquete eletrônica, com a visão que cada um tem da restauração de um prédio. O levantamento é feito em cima do ‘as built’ (conforme construído), mostrando a situação exata da construção e as possíveis patologias, o que servirá de base para um futuro restauro, no caso das edificações antigas. Conceitos de prédio histórico, tombado e legislação são outros conteúdos apresentados no curso de 90 h/aula. No caso dos prédios históricos, sua importância reside no fato de serem representativos de uma época, como a Travessa dos Venezianos ou servirem de residência para alguma personalidade, como o Solar Conde de Porto Alegre e a Casa Torelly. George Augusto Moraes de Moraes cita como exemplo prático o Plano de Arrendamento Residencial (PAR), promovido pela Caixa Econômica Federal, onde foram feitos o levantamento e distribuição de peças, de forma que preservasse a estrutura, após solucionadas as patologias. No dia 16 de agosto último, ele levou seus alunos à Fundação Ulisses Guimarães, para efetuarem o levantamento cadastral da entidade partidária. No prédio erguido no princípio do século XX e que funciona na rua Riachuelo nº 421, foram constatadas rachaduras, fungos, umidade e rebaixamento do piso, em decorrência de infiltração. “Sai mais caro restaurar do que conservar, restauração é UTI”, afirma com convicção, o arquiteto.
Roberto Pujol atua na Arquitetura desde 1989 e é uma das oito pessoas que cursaram o DATACAD no IAB-RS, neste ano. Os subsídios oferecidos são considerados por ele “ferramentas que objetivam o dia-a-dia no escritório”. Funcionário da Secretaria de Obras Públicas e Saneamento do Estado, sua rotina inclui prédios que não são tombados, mas que têm valor histórico, como é o caso do projeto do cais do porto, onde trabalhou nos Armazéns A6 e A7. “Esta atividade exige um certo jogo de cintura, o profissional tem que conhecer os materiais e ver como as coisas acontecem”, afirma.
Às vésperas da aposentadoria, na Caixa Econômica Federal (CEF), Eliete Marlise T. Kintschner é formada em arquitetura há três anos e em breve pretende investir na carreira própria. “O curso me deu a perspectiva de abrir novos caminhos”, declara.
Vera Pinto
Imprensa IAB-RS

IAB - RS

Por: Diretoria Instituto de Arquitetos do Brasil - IAB

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