Organizado por Flávia Boni Licht, neta de Armando, a obra conta com artigos escritos por 7 arquitetos convidados, cada um destacando uma obra do icônico profissional.
Uma noite para comemorar e recordar. Assim foi o clima no lançamento do livro “Armando Boni: entre o clássico e a modernidade”, organizado por Flávia Boni Licht, neta de Armando. A obra do arquiteto compreende inúmeros projetos, que se espalham pelo Estado e que são conhecidos pelos gaúchos, entre eles o Auditório Araújo Vianna e a Casa Boni, que foi residência de Boni e sua família. A publicação foi editada pela editora Pubblicato e conta com o apoio institucional do Centro de Memória do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul (CAU/RS) e do Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento Rio Grande do Sul (IAB RS).
A publicação conta com um artigo escrito por Flávia, que ela define como uma biografia afetiva, e também com artigos de 7 arquitetos convidados. “Há anos eu tive a ideia de fazer um livro, um depoimento, uma exposição, alguma coisa, sobre meu avô. E hoje de noite estamos concretizando esse meu desejo de muitos anos, com a contribuição de muita gente. Ele tem algumas obras emblemáticas em Porto Alegre, entre as quais algumas são tombadas pelo patrimônio. O Palacinho, a Livraria do Globo e a sua casa onde ele morou, a Casa Boni. Eu acho que o resultado ficou legal. Eu contei com apoio do IAB RS e do CAU/RS para fazer esse livro”, comemorou.
Arquiteto e engenheiro italiano, Boni chegou em Porto Alegre em 1910, onde se estabeleceu e desenvolveu diversos projetos arquitetônicos, entre residências e edifícios, na Capital e em outras cidades gaúchas. Entre seus trabalhos estão a Concha Acústica do antigo Araújo Vianna; a ampliação da Livraria do Globo em 1924; os edifícios do Banco Francês e Italiano; e o Sobrado na Rua da República, 139, onde hoje funciona a Casa Baka (centro cultural).
Além do artigo biográfico escrito por Flávia, cada arquiteto escreveu os seguintes capítulos: “Na Porto Alegre de…”, por Luiz Antônio Bolcato Custódio; “Auditório Araújo Vianna”, por Maturino Salvador Santos da Luz; “Boni e o projeto do São Miguel e Almas”, por Gicelda Weber Silveira; “O Templo das Letras”, por Lucas Bernardes Volpatto; “As Casas de Armando Boni”, por Renato Gilberto Gama Menegotto; “O Palacete Santo Meneghetti ou Palacinho”, por Carlos Renato Savoldi; e “Rua Marquês do Pombal, 1111 – A Casa Boni”, por Fabio Boni. O livro conta, ainda, com cerca de 60 imagens (fotografias, desenhos e plantas).
A co-presidente do IAB RS, Clarice Oliveira, disse que “estamos todos muito felizes com o lançamento do livro do Boni. É muito importante para a entidade que nós venhamos esses eventos que preservam a memória da história do nosso Estado, da história da cultura e das pessoas que fizeram parte dessa história”, finaliza.