O evento levou para o IAB RS uma seleção de obras que resgatam histórias e afetos por meio de fotografias e trabalhos que destacam a sustentabilidade.
Uma noite marcada pelo resgate da história, das memórias e dos afetos. Essa foi a proposta da mostra “Traços da Memória” e do bate-papo promovido pela empresa Quadros Divinos, que levou para o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento Rio Grande do Sul (IAB RS) uma seleção de obras assinadas por arquitetos. Entre os trabalhos estavam telas com reprodução de fotografias de viagem e arte feita com reaproveitamento da indústria calçadista.
Na abertura do evento, o diretor de cultura do IAB RS, Fábio Albano, destacou a programação de aniversário da entidade, e o fato do evento dialogar com o que a casa tem trabalhado em sua programação cultural. “Somos grandes promotores de cultura e muitos desses eventos são direcionados para os arquitetos, por isso a importância de parcerias como essa. Eu queria agradecer a Paula e a Joyce pela iniciativa de procurar a gente. Eu acho que tudo dialoga muito com o nosso espaço”, disse.
A Quadros Divinos foi criada há 18 anos, em Sapiranga, Rio Grande do Sul. Conforme explica a idealizadora, Joyce Bittencourt, até 2020 a empresa produzia estampas para calçados. Nós produzíamos cerca de 60 mil pares por dia e, com a queda da indústria calçadista, a gente precisou se reinventar. O nosso foco passou a ser, então, o quadro decorativo, em coleções especiais. A ideia é que nós possamos fazer um resgate a partir de memórias afetivas, através da sensibilidade do arquiteto, porque nós temos feito muitas coleções assinadas por arquitetos”, enfatiza.
Durante o bate-papo, a arquiteta Greisse Panazzolo contou que possui um estúdio há 15 anos. “Eu gosto de dizer que um arquiteto trabalha em várias camadas. É não apenas fazer um projeto de arquitetura, de interiores, mas sim pensar em todos os detalhes, como os grandes arquitetos antigamente faziam. Eles trabalhavam em todas as áreas, como o design de talheres, de móveis, criavam tudo. Então resolvemos no ano passado explorar todas essas camadas, e o design veio junto. E com isso alguns convites bem especiais para o desenvolvimento de alguns produtos, que são os quadros, e essa foi uma virada de página do nosso estúdio”, relembra.
Para Katia Vinciprova o processo de quadros assinados foi um pouco diferente, conforme contou durante a conversa com o público. “Eu já conhecia a Joyce de diversos eventos, mas antes disso estávamos tomando um café e eu falei que sempre amei obra de arte e sempre levava isso para o meu trabalho. E sou apaixonada por fotografia. E vendo algumas imagens que tinha no meu celular, de uma viagem muito especial e almejada pela minha família, veio a ideia de transformar aquilo em obra, porque até então não era visto dessa forma, mas acabou se transformando”, disse.
Para conhecer mais sobre o trabalho da Quadros Divinos, visite o site.