A nova construção no Centro Histórico foi criticada pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB RS) durante entrevista concedida ao repórter Guilherme Gonçalves, da Zero Hora. A arquiteta e urbanista Clarice Oliveira, copresidente da entidade, diz que esse tipo de construção atrapalha a ventilação e a iluminação em parte do bairro.
“Por planos anteriores, nós passamos a ter exemplares de prédios bastante altos. Essas regiões do bairro têm menos ventilação e iluminação. Aumento de concreto e vidro gera aumento de calor na cidade”, disse Clarice, que é moradora do Centro e professora no curso de arquitetura da UFRGS.
“Esse é apenas um projeto que está relacionado a um projeto maior de adensamento do Centro Histórico. Teremos uma densidade habitacional maior, e com unidades pequenas, que é como tem se desenhado o mercado. Já temos muitas unidades desocupadas no Centro”, comenta.
O projeto do prédio da Dwell no Centro Histórico terá 32 andares. Apesar de alto para os patamares de Porto Alegre, ainda será menor do que o Edifício Santa Cruz, construído na década de 1960 na Rua dos Andradas, também no Centro. Com 107 metros de altura, é até hoje o maior prédio da Capital.
“A construção civil é importante, é um setor produtivo. As pessoas precisam de casa para morar. O problema é o tipo de produção imobiliária que tem se voltado muito para o lucro. Nos anúncios imobiliários já vem escrito ‘para investidor’. Parece que não é mais para morar”, acrescenta a professora.
Os trechos acima foram extraídos da reportagem publicada neste link, no dia 13 de maio de 2025.