Há poucos anos nos envolvíamos na crítica à qualidade de vida na cidade grande e ainda víamos, com clareza, a roda de chimarrão na beira da calçada e os vizinhos sentados nos bancos e cadeiras que a gurizada trazia. Saía um entravam dois. Mais três levantavam, outros sentavam. Chegavam e saíam. E assim continuavam, botando conversa fora, até que a madrugada enfrentava a noite e transferiam o mais que daquilo tudo pudesse interessar para a próxima.
Roda de chimarrão à beira da calçada.
Às vezes faltava um mas no dia seguinte iam dois – um nascimento – outras vezes faltavam dois e só voltava mais um, e assim amarravam o dia com a noite e a noite com o outro dia ficando ficando, no espaço tempo o tempo espaço para a
Roda de chimarrão à beira do passeio.
Até que gradearam as janelas, depois as portas, logo as portas e janelas e mais o jardim fronteiro com medo de assaltante. Grades altas como o muro do presídio que garantiam a prisão do livre. Fora abolida, definitivamente, a
Roda de chimarrão do fim da tarde.
Certa vez, há muito tempo, escrevi esta epígrafe: / um dia todos se reunirão fora de casa para a festa da vida / formas, cores e sons / para o banquete da existência. / Não haverá ódio / nem preconceitos / nem medo…/ Por enquanto vamos preparar os espaços.
Valerá o esforço? Haverá espaço urbano? Poderá o IAB, no seu novo jornal dedicar um espaço para os espaços? Francisco Riopardense de Macedo
14jul2000

Bar do IAB comemora 77 anos da entidade com festa dedicada às mulheres
Além de um bate-papo que promoveu um encontro de arquitetas da atual gestão com outras profissionais que participaram do IAB RS ao longo do tempo, o evento contou com performance artística e show de MPB para marcar o mês da mulher.