Os eixos e a cruz – Crônica de Francisco Riopardense de Macedo

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin

Alguns princípios gerais devem existir para um programa de evolução urbana e alguns destes merecem mais atenção do que outros, tal como dizia Henry Poincaré, no campo das ciências exatas sobre as geometrias: “todas são certas, mas escolhemos apenas a que produz maiores efeitos, isto é, a que foi mais eficaz.” Valem, por isso, algumas constatações preliminares. A cidade é uma realidade espaço temporal que registra os eventos comunitários, na sua relação com a terra e com seus vizinhos, através dos equipamentos de ensino, saúde, segurança e recreação, entre outros. E assim como as geometrias servem os axiomas delas, à evolução urbana serve o seu axioma fundamental: “as coisas não valem em si, valem pela relação entre elas, pois através desta que a função se efetiva”. Daí porque sempre se há de considerar o espaço aberto e o espaço fechado: a função interna transborda para o espaço aberto e a função externa invade o espaço fechado. Porto Alegre tem exemplos dignos de nota. O estudo de sua estrutura e dos seus eixos principais os destaca quando examinados superficialmente. Em ordem cronológica seus dois primeiros espaços, com uma distância-tempo entre eles de aproximadamente setenta anos, figuram em dois eixos quase paralelos, o mais antigo teria sua origem no trapiche, que mais tarde seria a Praça da Alfândega, e o segundo, partindo da Praça da Matriz, incluiria a Ladeira, que também foi rua do Ouvidor, cruzava a rua da Praia em ponto bem próximo do primeiro. Estes dois eixos eram, funcionalmente, o acesso ao centro cívico-trapiche/matriz – e, formalmente uma cruz quando se relaciona com a linha d’água. Uma cruz que reúne os primeiros espaços que a história consagrou no estudo da evolução urbana. Francisco Riopardense de Macedo

IAB - RS

Por: Diretoria Instituto de Arquitetos do Brasil - IAB

Outras Notícias

Reportagem do Matinal destaca que a gestão Melo decretaou perda total de acervo urbanístico após enchente

No entanto, arquitetos acusam prefeitura de descaso, e MP abre inquérito para saber por que município de Porto Alegre não agiu para recuperar o material. Ao órgão, executivo disse que perda é de 40%, mas site do Escritório de Licenciamento fala em “perda total”. A copresidente do IAB RS, Bruna Tavares, destaca o sucateamento do acervo e o interesse da venda do prédio.

Leia Mais →

NOTA PÚBLICA das entidades signatárias da ação contra edital nº 006/2023 para eleições do CMDUA – Porto Alegre

A 4ª Vara da Fazenda do Foro Central de Porto Alegre publicou sentença sobre o processo relativo à ação ordinária de denúncia de irregularidades identificadas no edital e processo eleitoral do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Porto Alegre (CMDUA). O processo indicou a alteração da disposição da Lei Complementar nº 434/1999 e ao Decreto Municipal nº 20.013/2018 ampliando a interpretação da lei e indicação no edital 006/2023 referente às entidades de classe e afins ao planejamento urbano.

Leia Mais →

Outras Notícias

Bar do IAB comemorou retorno com exposição e roda de samba

O Bar do IAB realizou mais uma edição na última sexta-feira (14/2). Uma das mais tradicionais atrações culturais da Capital, que marcou os anos 1980 e ganhou novas edições nos últimos anos, retornou com uma programação robusta. No mesmo dia foi realizada a abertura da exposição coletiva “Na Borda do Mundo”, com curadoria de Anelise Valls, que fica em cartaz no Solar do IAB até o dia 15 de março, e contou com a presença musical do grupo de samba Caçamba.

Leia Mais →