Para docentes, ensino remoto durante a pandemia não é porta de entrada para EAD

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A urgência de adaptação provocada pela pandemia de Covid-19 em todos os setores da sociedade provocou nas faculdades de Arquitetura e Urbanismo e um intenso debate sobre como manter o vínculo e o ensino mesmo sem a possibilidade da atividade presencial. Esse tema pautou a quinta edição do #quartasemcasa do IAB RS, que reuniu professores para falar sobre o Ensino Remoto Emergencial (ERE).

Eliane Constantinou, diretora da da Faculdade de Arquitetura da UFRGS, lembra que, no início, a incerteza era muito grande, e a dificuldade dos alunos também. “Diante das restrições, que são muitas, tentamos prestar apoio aos alunos”, destaca.

A referência é aos editais de auxílio para compra de tablets, por exemplo, que possibilite aos estudantes acompanharem as aulas, que devem retornar virtualmente em agosto. A principal preocupação é que o ensino remoto não acentue as diferenças já existentes, prejudicando aqueles alunos com dificuldades financeiras.

“A faculdade não forma um arquiteto a mais, mas sim uma personalidade completa”, definiu o professor Ivan Mizoguchi para defender o ensino presencial de arquitetura e urbanismo em contraposição à tentativa de tornar hegemônico o método de ensino a distância, conhecido por EAD.

Professor aposentado, Mizoguchi elogiou a distinção entre os métodos e reconhece que, “diante da situação atual, é importante reconhecer a utilização do ensino remoto como válida para manter professores e alunos conectados”. Mas destaca que o momento não pode ser aproveitado como justificativa para implantar o EAD.

O arquiteto Mauricio López, professor na Universidad de la Republica, no Uruguai, conta que o grande desafio da “não presença” é não perder a qualidade do intercâmbio que a sala de aula proporciona. Um exemplo disso é quando, ao comentar o projeto de um estudante, a explicação é aproveitada para outros repensarem seus próprios projetos.

Sintetizando conceitos presentes nas falas anteriores, López destacou que “a formação é mais que saber projeto, é formação sociológica, filosófica, que ajudam a pensar o mundo para posicionar-se como profissional e poder responder com arquitetura a temas fundamentais do mundo”. E provoca que o momento deve servir para que a academia pense nas possibilidades para além da pandemia.

O debate foi mediado pelos diretores do IAB RS Marcelo Arioli Heck, professor na Univates e na Unisinos, e Alexandre Rosa Bento, professor na Feevale, que relataram suas experiências de adaptação ao ensino remoto neste semestre.

O vídeo está diponível na Fanpage do IAB RS.

IAB - RS

Por: Diretoria Instituto de Arquitetos do Brasil - IAB

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