Ele é entregue durante a cerimônia de formatura das faculdades do RS, e premia o melhor trabalho de conclusão de curso do período letivo. A próxima premiação deve ocorrer durante o período de formaturas seguinte, que será o primeiro após o advento do CAU.
Neste semestre, a vencedora foi a arquiteta Luisa Konzen, formada na UFRGS no último 21 de agosto de 2011. Ela ganhou o prêmio, que leva o nome de um dos maiores nomes na arquitetura gaúcha, José Albano Volkmer, pelo projeto “MIS – Museu da Imagem e do Som do Rio Grande do Sul, Complexo de Mídia, Cultura e Lazer às margens do Guaíba”, onde pode estudar os projetos originais do Parque Marinha, de autoria de Ivan Mizoguchi e Rogério Malinksy. Luisa constatou inúmeros problemas que a orla do parque sofre, e apresentou um sistema contra enchentes, além de revitalizar a área e projetar um complexo de mídia, cultura e lazer.
Confira, abaixo, a descrição completa do projeto premiado:
MIS – Museu da Imagem e do Som do Rio Grande do Sul
Complexo de Mídia, Cultura e Lazer às margens do Guaíba.
O projeto foi implantado no aterro da Praia de Belas, em um ponto central e estratégico da orla do Parque Marinha do Brasil. Próximo ao centro histórico, circundado por uma exuberante área verde e contemplado por múltiplas futuras alternativas de acessibilidade, oferece amplas e belas visuais da principal imagem enraizada no imaginário porto-alegrense: o Guaíba e o seu pôr-do-sol.
O estudo do projeto original do Parque Marinha – de autoria dos arquitetos Ivan Mizoguchi e Rogério Malinsky – e a constatação das inúmeras problemáticas que a orla do parque apresenta me instigaram a implantar neste local o Museu da Imagem e do Som do Rio Grande do Sul. Além de atuar como âncora de um parque isento de equipamentos culturais, o Complexo ofereceria um novo espaço cívico para a população e proporcionaria um reencontro do parque – e da cidade – com a sua orla.
O programa do Complexo abrange lojas e restaurantes, espaços de exposições permanentes e temporárias, centro de documentação, auditório, midiateca e piano-bar.
O partido arquitetônico surgiu da extensão das linhas da esplanada existente em direção ao Guaíba, estabelecendo a água como elemento central e emblemático da proposta. Uma extensa praça linear, que nasce contígua à esplanada pré-existente, vence a barreira do dique e torna-se um elegante pier, conduzindo o indivíduo ao encontro do Guaíba e integrando visual e fisicamente o parque à orla.
Paralelamente a este eixo público, elevam-se edificações baixas e lineares que, ao mesmo tempo que se inserem na topografia, configuram e animam os espaços abertos. O volume de aço e vidro, que abriga os principais espaços de difusão de cultura, tecnologia e informação, estabelece um contraponto a uma arquitetura mais neutra. Revestido por fitas de LED, proporciona a quem o contempla, dia e noite, o dinamismo que a temática exige, além de possibilitar apreciação da paisagem também a quem se encontra no seu interior. Dentre as tecnologias utilizadas, o projeto destacou-se pelo complexo sistema de proteção contra enchentes e pelas sofisticadas soluções em eficiência energética.
Arquiteta Luisa Konzen