Estudiosos de todo o mundo estarão reunidos em Palma de Maiorca, na Espanha, de 31 de março a 02 de abril de 2011, para discutir a atualidade do pensador catalão Raimundo Lúlio, no III Congresso Internacional de Interculturalidade. Ele propôs na Idade Média a unificação de todos os saberes e culturas. Antecipava-se, assim uma das questões cruciais das modernas sociedades livres: a transferência de cultura de um grupo para outro. E a abertura de todos os povos para acolher a diversidade cultural. O congresso, a exemplo dos realizados em Andorra e São Paulo, discutirá situações problemáticas em várias regiões do planeta, como o esquecimento dos fatores que definem a identidade cultural, a concentração de religiões num mesmo território, as consequências da laicização crescente em algumas partes do planeta e, em outras, a questão do fundamentalismo religioso, e a necessidade de reaprender a dialogar e tolerar. O gênio catalão Umberto Eco disse que ter nascido em Palma de Maiorca, no caldeamento das culturas judaica, cristã e muçulmana, foi determinante para Raimundo Lúlio. A História provou, mais tarde, que o sábio catalão apontava o caminho certo. Todo o Ocidente é tributário do legado inestimável dos árabes, que trouxeram as primeiras traduções da cultura grega. Raimundo Lúlio é tido como o patriarca do diálogo inter-religioso. Foi, em sua época, o único escritor cristão do Ocidente que dirigiu mais da metade de sua obra para um público islâmico. Escreveu 280 livros, inclusive a Arte Magna, um sistema científico que unifica todos os saberes. Introduziu no pensamento europeu comportamentos e argumentos, por exemplo, escrever em vernáculo sobre temas filosóficos e teológicos. Sugeriu a criação de uma Sociedade das Nações, e defendeu o direito de autodeterminação dos povos. A revista Globe o considerou um dos fundadores da Europa moderna.
Portugal, 50 anos da Revolução dos Cravos
No dia 25 de abril Portugal relembra os 50 anos da Revolução Portuguesa. Nesta data, em 1974, ocorreu o evento conhecido como Revolução dos Cravos, marcando o fim da ditadura salazarista. Para relembrar a data, o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento Rio Grande do Sul (IAB RS) e a ADUFRGS Sindical, com apoio do Consulado Português, inauguram a exposição “Portugal, 50 anos da Revolução dos Cravos”, a partir de uma coleção de cartazes da época colecionados pela arquiteta e pesquisadora Daniela Fialho. A abertura ocorrerá no dia 25 de abril, às 18h45, no Solar do IAB (Rua General Canabarro 363, Centro Histórico, em Porto Alegre). A entrada é franca.