Tentaremos dar com este pequeno texto uma noção do que é sustentabilidade, palavra tão em voga nos dias de hoje, e mostrar a importância de se buscar uma arquitetura sustentável. Sustentabilidade é examinar as conseqüências de uma ação a longo prazo. O relatório Nosso Futuro Comum, organizado pela ONU, diz que desenvolvimento sustentável é aquele que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a habilidade das futuras gerações de satisfazerem suas próprias necessidades. Devemos ter em mente que qualquer edificação agride, em certo grau, a natureza. Isso acontece na extração de matérias-primas, na manufatura dos materiais de construção, no transporte destes materiais, na construção propriamente dita e no desempenho desta edificação. Estas agressões se traduzem no uso excessivo de matérias-primas não renováveis, no elevado consumo energético e na poluição das águas, dos solos e da atmosfera.
Portanto, a busca por uma arquitetura sustentável passa pela redução dos impactos que uma edificação possa vir a causar. E nós arquitetos temos uma grande responsabilidade e oportunidade de fazer isto acontecer através de projetos que contemplem condicionantes responsavelmente ecológicos e sociais.
Fatos recentes demonstram a necessidade de uma mudança de visão dos arquitetos e urbanistas. As constantes chuvas que alagam as grandes cidades e o recorde histórico de consumo de energia elétrica no Rio Grande do Sul são resultados da falta de um planejamento com visão no futuro. As chuvas em demasia e o calor intenso se devem à ação do homem sobre a natureza. Os alagamentos acontecem pois a cidade é muito impermeabilizada e não possui uma boa drenagem. O pico de consumo de energia durante um dia quente é resultado de edificações mal planejadas que aquecem demais e, por isso, o consumo através de ares condicionados se eleva muito.
Frente a este quadro aqui apresentado, faz-se necessária uma arquitetura sustentável, onde a edificação não é algo isolado do ambiente que o cerca e não apenas as partes de um sistema são importantes assim como a inter-relação das partes do todo, neste momento e a longo prazo.
Fernando Campos Costa
Acadêmico de Arquitetura – ULBRA
ferccosta@ig.com.br Cristiano Viégas Centeno
Arquiteto e Mestrando em Engenharia Civil – NORIE/UFRGS
crigas@cpgec.ufrgs.br

Manifesto Público do IAB RS sobre o marco regulatório do EaD
O IAB RS defende que os cursos de Arquitetura e Urbanismo estejam incluídos entre as graduações que não podem ser à distância. É oportuno e historicamente importante lembrar que, bem antes das conquistas hoje anunciadas para a engenharia e as áreas da saúde, o CAU/RS obteve relevantes vitórias jurídicas no sentido de negar registro profissional à diplomados por cursos de arquitetura e urbanismo 100% EaD.