Depois de passar por sete estados brasileiros, o ciclo de seminários de Política Urbana Q+ 50, comemorativo dos 50 anos do Seminário Nacional de Habitação e Reforma Urbana, será encerrado, nos dias 8 e 9 de novembro, no Hotel Quitandinha, em Petrópolis (RJ), palco do histórico evento de 1963. O encontro apresentará uma síntese das discussões realizadas nos seminários Q+50 ao longo de 2013, entre arquitetos, urbanistas, e outros profissionais Eles debateram a agenda das cidades e metrópoles brasileiras no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais, Bahia e Amazonas.
No Quitandinha, será aprovado o documento final resultante dos debates realizados ao longo do ano, como contribuição dos arquitetos e urbanistas para temas como a democratização das cidades, a moradia, a gestão urbana, os espaços públicos e a sustentabilidade, o esvaziamento dos centros e o sistema urbano da Amazônia.
O documento está sendo elaborado por comissão de arquitetos e urbanistas especialmente designada, que se apoia em resumos produzidos por uma equipe de jornalistas a partir das conferências e mesas-redondas (todas foram filmadas e transmitidas via Internet) bem como nos debates travados.
No site do IAB estão disponíveis os principais assuntos debatidos nos sete seminários, destacando-se:
Na primeira edição do seminário, no Rio, o urbanista italiano Bernardo Secchi colocou em debate a nova questão urbana, que resumiu em três pilares: ambiental, de mobilidade e de desigualdade social. “Esses elementos estão interligados e não podem ser tratados de forma isolada”, afirmou. Já o jornalista e escritor indiano Suketu Mehta, também na edição carioca do evento, mostrou soluções de solidariedade nascem em áreas superpopulosas como as favelas de Mumbai e de outras grandes cidades do mundo.
Na edição do Rio Grande do Sul, que teve como tema “A moradia brasileira”, a coordenadora de projetos estratégicos do Gabinete Municipal de Rosário (Argentina), Natália Carnovale, enfatizou que o plano estratégico é um espaço que articula interesses públicos e privados e engloba projetos econômicos, sociais, culturais e ambientais. Já o presidente do IAB, Sérgio Magalhães, outro conferencista do evento, chamou atenção para a ampliação territorial vivenciada hoje pelas cidades como importante fator de aumento das desigualdades sociais urbanas.
“Os centros urbanos estão perdendo densidade de modo avassalador. Isso ocorre tanto pela especulação imobiliária, como pela falta de política e mobilidade. O resultado disso é a degradação ambiental e dos serviços públicos. Isso torna as metas de universalização dos serviços cada vez mais remotas”, explicou Magalhães.
Em São Paulo, onde foi discutido o tema “A Gestão das Cidades”, o arquiteto e ex-prefeito de Montevidéu Mariano Arana apresentou os desafios vivenciados e superados no processo de requalificação de Montevidéu, no Uruguai, que tornaram a cidade numa referência da América do Sul.
“Uma das diretrizes do plano de ordenamento foi o projeto de requalificação de casas, que não eram grandes monumentos, mas que estavam abandonadas e pertenciam à cidade de Montevidéu. Esses imóveis foram transformados, muitas vezes em sistema de mutirão, e foram destinados à habitação social em condições de conforto”, ressaltou Arana.
A sustentabilidade urbana foi a pauta do seminário realizado em Brasília. O evento teve como conferencistas o arquiteto português Nuno Portas e do urbanista e ensaísta Guilherme Wisnik. Portas apresentou a sua defesa do espaço coletivo enquanto Wisnik abordou o protagonismo do espaço público na Reforma Urbana.
O espanhol Manuel Herce, professor da Universidade Politécnica da Catalunha (Espanha) e um dos responsáveis pelo projeto de reurbanização de Barcelona para as Olimpíadas de 1992, foi um dos destaques do Q+50 MG. Em sua conferência, Herce fez um paralelo entre a experiência espanhola e a brasileira e criticou as ações executadas para os grandes eventos internacionais.
No Q+50 BA, o tema foi “Esvaziamento dos centros urbanos” e contou com a importante participação do arquiteto Pablo Contrucci, que apresentou sua experiência nos projetos de reocupação do Centro de Santiago (Chile).
No Amazonas, as discussões foram sobre o passivo socioambiental, o saneamento, o sistema hídrico e os impactos climáticos das grandes cidades brasileiras. Edmilson Brito Rodrigues , arquiteto e ex-prefeito de Belém, um dos conferencistas do evento, falou sobre a importância de um urbanismo participativo para a produção do futuro na Amazônia.
De acordo com a coordenadora dos Seminários Q+50, Fabiana Izaga, o encerramento do ciclo de seminários reunirá os representantes de todos os departamentos do IAB, especialmente daqueles que aceitaram o desafio de organizar uma edição do evento em seu estado.
“O Q+50 possibilitou a nós arquitetos discutir e refletir sobre a política urbana proposta há 50 anos e, gerar insumos para que possamos contribuir no estabelecimento de uma nova agenda urbana para as cidades”, afirmou Fabiana Izaga.
Por enquanto, o evento de encerramento dos Seminários Q+50 tem apenas o local e as datas confirmadas. Em breve, o Instituto divulgará a programação completa em seu site e como os interessados poderão se inscrever.
No Quitandinha, será aprovado o documento final resultante dos debates realizados ao longo do ano, como contribuição dos arquitetos e urbanistas para temas como a democratização das cidades, a moradia, a gestão urbana, os espaços públicos e a sustentabilidade, o esvaziamento dos centros e o sistema urbano da Amazônia.
O documento está sendo elaborado por comissão de arquitetos e urbanistas especialmente designada, que se apoia em resumos produzidos por uma equipe de jornalistas a partir das conferências e mesas-redondas (todas foram filmadas e transmitidas via Internet) bem como nos debates travados.
No site do IAB estão disponíveis os principais assuntos debatidos nos sete seminários, destacando-se:
Na primeira edição do seminário, no Rio, o urbanista italiano Bernardo Secchi colocou em debate a nova questão urbana, que resumiu em três pilares: ambiental, de mobilidade e de desigualdade social. “Esses elementos estão interligados e não podem ser tratados de forma isolada”, afirmou. Já o jornalista e escritor indiano Suketu Mehta, também na edição carioca do evento, mostrou soluções de solidariedade nascem em áreas superpopulosas como as favelas de Mumbai e de outras grandes cidades do mundo.
Na edição do Rio Grande do Sul, que teve como tema “A moradia brasileira”, a coordenadora de projetos estratégicos do Gabinete Municipal de Rosário (Argentina), Natália Carnovale, enfatizou que o plano estratégico é um espaço que articula interesses públicos e privados e engloba projetos econômicos, sociais, culturais e ambientais. Já o presidente do IAB, Sérgio Magalhães, outro conferencista do evento, chamou atenção para a ampliação territorial vivenciada hoje pelas cidades como importante fator de aumento das desigualdades sociais urbanas.
“Os centros urbanos estão perdendo densidade de modo avassalador. Isso ocorre tanto pela especulação imobiliária, como pela falta de política e mobilidade. O resultado disso é a degradação ambiental e dos serviços públicos. Isso torna as metas de universalização dos serviços cada vez mais remotas”, explicou Magalhães.
Em São Paulo, onde foi discutido o tema “A Gestão das Cidades”, o arquiteto e ex-prefeito de Montevidéu Mariano Arana apresentou os desafios vivenciados e superados no processo de requalificação de Montevidéu, no Uruguai, que tornaram a cidade numa referência da América do Sul.
“Uma das diretrizes do plano de ordenamento foi o projeto de requalificação de casas, que não eram grandes monumentos, mas que estavam abandonadas e pertenciam à cidade de Montevidéu. Esses imóveis foram transformados, muitas vezes em sistema de mutirão, e foram destinados à habitação social em condições de conforto”, ressaltou Arana.
A sustentabilidade urbana foi a pauta do seminário realizado em Brasília. O evento teve como conferencistas o arquiteto português Nuno Portas e do urbanista e ensaísta Guilherme Wisnik. Portas apresentou a sua defesa do espaço coletivo enquanto Wisnik abordou o protagonismo do espaço público na Reforma Urbana.
O espanhol Manuel Herce, professor da Universidade Politécnica da Catalunha (Espanha) e um dos responsáveis pelo projeto de reurbanização de Barcelona para as Olimpíadas de 1992, foi um dos destaques do Q+50 MG. Em sua conferência, Herce fez um paralelo entre a experiência espanhola e a brasileira e criticou as ações executadas para os grandes eventos internacionais.
No Q+50 BA, o tema foi “Esvaziamento dos centros urbanos” e contou com a importante participação do arquiteto Pablo Contrucci, que apresentou sua experiência nos projetos de reocupação do Centro de Santiago (Chile).
No Amazonas, as discussões foram sobre o passivo socioambiental, o saneamento, o sistema hídrico e os impactos climáticos das grandes cidades brasileiras. Edmilson Brito Rodrigues , arquiteto e ex-prefeito de Belém, um dos conferencistas do evento, falou sobre a importância de um urbanismo participativo para a produção do futuro na Amazônia.
De acordo com a coordenadora dos Seminários Q+50, Fabiana Izaga, o encerramento do ciclo de seminários reunirá os representantes de todos os departamentos do IAB, especialmente daqueles que aceitaram o desafio de organizar uma edição do evento em seu estado.
“O Q+50 possibilitou a nós arquitetos discutir e refletir sobre a política urbana proposta há 50 anos e, gerar insumos para que possamos contribuir no estabelecimento de uma nova agenda urbana para as cidades”, afirmou Fabiana Izaga.
Por enquanto, o evento de encerramento dos Seminários Q+50 tem apenas o local e as datas confirmadas. Em breve, o Instituto divulgará a programação completa em seu site e como os interessados poderão se inscrever.