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O impacto das extinções das fundações do Estado

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O Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB RS) promoveu na noite desta quarta-feira (19/04) um debate sobre o Impacto das Extinções das fundações do Estado. Participaram do encontro Angélica Coronel, representando a Fundação Piratini; Gilda Jobim, da Metroplan; Ivan Tartaruga, da FEE; Luiz Antônio Antoniazzi, da CIENTEC; e Marco Azevedo, da Fundação Zoobotânica. A mediação foi de Guilherme Dornellas Câmara.

Antoniazzi apresentou a Fundação de Ciência e Tecnologia (CIENTEC) há 70 anos desenvolve pesquisa, estudos, ensaios e consultorias. Ele citou como exemplo a falta de avaliação da CIENTEC em relação a qualidade de pontes e barragens no município de Dom Pedrito, que gerou sérios problemas técnicos. “Onde a CIENTEC não está sempre haverá impactos e problemas técnicos”, afirmou Antoniazzi.

Ivan Tartaruga, da Fundação de Economia de Estatísticas (FEE), mostrou alguns pontos principais de impactos do Estado não dar continuidade aos trabalhos desenvolvidos hoje. “ Todas as fundações aqui presentes são essenciais para o desenvolvimento do Estado”, avaliou. Ele apresentou indicadores e pesquisas como de população, IDESE (índice de desenvolvimento socioeconômico), PIB regional, municipal, e a matriz de insumo-produto. “Todos esses indicadores têm importância legal, porque muitos repasses que vão para os municípios, como o Fundopen e o Integrar RS, por exemplo, são baseados nestes dados, além de servirem também para análise de investimentos do setor privado”, explicou.

Marco Azevedo, da Fundação Zoobotânica, disse que a sociedade quer manter esse assunto vivo. “É nossa obrigação debater esse prejuízo, pois acreditamos no trabalho e na importância de nossas fundações”, discursou. Azevedo explicou que a Fundação foi criada em 1972 com a finalidade de resguardar o patrimônio natural e ambiental do Estado. “Nossos projetos visam identificar prioridades de conservação, espécies e ambientes ameaçados, a recuperação de ambientes e de interesse social e econômico, buscando uma sustentabilidade de nossos recursos naturais, além de dar suporte para leis ambientais do Estado”, informou Azevedo. “Sempre fomos um núcleo de resistência sem ceder aos interesses políticos e econômicos”, destacou. Ele citou como exemplo de economia para o Estado, o plano de manejo do Parque Estadual Delta do Jacuí, que desenvolvido pela Fundação Zoobotânica custou R$ 176 mil, já orçado no setor privado o valor passaria para R$ 948 mil.

Representando a Fundação Piratini, Angélica Coronel, destacou que a TVE é uma televisão pública, para mostrar o que a TV comercial não mostra, com programas voltados para a cidadania, esporte amador, direito do consumidor, dando espaço a produção local de artistas, sem cobrar nada. “Temos uma forte identificação com a cultura, temos editais de produtoras que produzem conteúdos para serem exibidos”, lembrou Angélica. “Nós produzimos atualmente 18 programas semanais e mantemos o mesmo número de funcionários desde sua fundação, ou seja, não somos uma “máquina inchada”, como disse o governador”, informou. “A extinção da Fundação é extremamente ideológica, pois mostramos a diversidade elevando o nível de cultura da população. Para esse governo não interessa gente culta e civilizada”, criticou Angélica. “Os gestores que integram os amigos da TVE, que vai administrar a fundação, são todos integrantes do PMDB, enquanto todos os funcionários concursados estarão procurando emprego”, provocou. “Se perde o bom jornalismo e a arte, pois ao invés de termos uma TV pública teremos uma TV gerenciada pela secretaria de comunicação do governo”, concluiu.

Gilda Jobim, representante da Metroplan, lembrou que o órgão foi criado em 1974, com o propósito de desenvolver planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano da região e do Estado. “Somos um órgão onde a intervenção política é muito sensível, principalmente por termos um contato muito próximo com os governos municipais, por isso não temos uma atuação linear ao longo do tempo”, explicou Gilda. Ela acredita que a extinção será mais visível no sistema de transporte urbano metropolitano. “Somos o órgão regulador deste sistema, é um terreno político de disputas acirradas e pressões privadas”, lamentou.

Sobre os dados apresentados pelo governo de custos para manter a Metroplan, ela afirmou estarem totalmente equivocados. “A visão de futuro com todos esses cortes na produção do monitoramento do que está acontecendo no RS, vamos deixar de proteger a biodiversidade, vamos consumir produtos não certificados, produzir obras de engenharia sem qualidade, nosso futuro estará entregue a projetos terceirizados, que me preocupa muito”, concluiu Gilda

Por: Diretoria Instituto de Arquitetos do Brasil - IAB

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