O Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB RS) promoveu na noite desta quarta-feira (15/04), um debate sobre os rumos do 4º Distrito de Porto Alegre. O evento integrou as atividades do Solar do IAB como Ponto de Cultura do RS. Participaram da mesa os arquitetos Cibele Vieira Figueira e Ceres Magali Storchi, da PUC RS; Izabelle Colussi e Geisa Zanini Roratto, da Unisinos; João Felipe Wallig e Pablo Urquiza Chaves, do Projeto Vila Flores.
A arquiteta Izabelle Colussi, professora da FAU Unisinos, apresentou o cenário proposto para a região e o estudo de viabilidade urbanística, especialmente no entorno da Igreja Nossa Senhora dos Navegantes. A região foi dividida em três grandes áreas, com propostas de criação de espaços livres e de iniciativas para melhorar a acessibilidade. Uma das propostas envolve o quarteirão entre a avenida Presidente Franklin Roosevelt e as ruas Comendador Tavares, Dr. João Inácio e Voluntários da Pátria. “Nessa área, como existem muitos prédios de interesse histórico, a intenção é ampliar os acessos a pedestres e utilizar os armazéns e outros prédios sem uso para atividades culturais e de lazer”, explicou a arquiteta. Na área envolvendo a igreja, onde se realiza a tradicional Festa dos Navegantes, em fevereiro, o projeto prevê o prolongamento da rua Dona Margarida, que passa ao lado do prédio, a criação de uma nova passarela e também a adoção de uma nova iluminação para valorizar a igreja, além de melhorias no entorno e da construção de um túnel até a orla do Guaíba.
O arquiteto João Felipe Wallig, do Projeto Vila flores, contou um pouco do cenário do local antes do projeto, como as questões de invasões e deterioração do prédio. Sobre o novo projeto, João destacou o valor estético e histórico do edifício e da região. “Este projeto tem como ambição a revitalização dos edifícios e adaptação de seu uso a uma demanda contemporânea. Vemos a intervenção como um grande potencial para melhoria da região e manutenção da memória e do patrimônio material de Porto Alegre”, afirmou o arquiteto. Para isso, João explica que tomaram como premissa de projeto o restauro das fachadas externas, bem como as bay-windows e das aberturas originais de madeira. Segundo ele, o objetivo e´ ter a conformação da quadra, os acessos e passeios, assim como havia pensado o arquiteto Joseph Lutzenberger, aproveitando a boa orientação, insolação e ventilação. João também falou da proposta de colocar as pessoas da região uma do lado das outras e provocar empatia. “Nossa visão é: vamos dialogar e aproximar público, pois as pessoas estão muito afastadas, não tem interação com a cidade”, analisou. “A ideia do Vila Flores também é provocar esse convívio, essa troca de saberes, para conseguir chegar na cidade que a gente quer”, complementou.
A arquiteta Cibele Vieira Figueira, professora da PUCRS, contou que existia dentro da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo uma discussão muito grande de uma área muito genérica. “Notamos que precisávamos de um estudo mais focado”, declarou. Cibele contou então que a própria faculdade começou a trabalhar o 4º distrito de forma diferente. Por meio do projeto Ateliê Vertical, os desafios da região integram as disciplinas de projeto arquitetônico e de urbanismo e algumas de história da arquitetura. “Hoje temos na faculdade uma série de profissionais com diferentes conhecimentos que vão construindo um pensamento coletivo sobre o lugar, com o objetivo de tentar entender melhor a cidade. Estamos estreitando os laços acadêmicos com a sociedade civil, conectando a vizinhança do 4º Distrito, que é muito importante para o processo de transformação da região”, informou a professora. Na Faculdade Cibele também revela que os trabalhos estão abordando conceitos que resgatam e revalorizam aspectos essenciais da história do bairro ao mesmo tempo em que propõem novas intervenções na sua arquitetura, visando sua qualificação enquanto cidade para pessoas. “O 4° Distrito possui diversos bairros que, a pesar das deficiências hoje observadas, revelam um enorme potencial”, acredita Cibele.
A arquiteta Izabelle Colussi, professora da FAU Unisinos, apresentou o cenário proposto para a região e o estudo de viabilidade urbanística, especialmente no entorno da Igreja Nossa Senhora dos Navegantes. A região foi dividida em três grandes áreas, com propostas de criação de espaços livres e de iniciativas para melhorar a acessibilidade. Uma das propostas envolve o quarteirão entre a avenida Presidente Franklin Roosevelt e as ruas Comendador Tavares, Dr. João Inácio e Voluntários da Pátria. “Nessa área, como existem muitos prédios de interesse histórico, a intenção é ampliar os acessos a pedestres e utilizar os armazéns e outros prédios sem uso para atividades culturais e de lazer”, explicou a arquiteta. Na área envolvendo a igreja, onde se realiza a tradicional Festa dos Navegantes, em fevereiro, o projeto prevê o prolongamento da rua Dona Margarida, que passa ao lado do prédio, a criação de uma nova passarela e também a adoção de uma nova iluminação para valorizar a igreja, além de melhorias no entorno e da construção de um túnel até a orla do Guaíba.
O arquiteto João Felipe Wallig, do Projeto Vila flores, contou um pouco do cenário do local antes do projeto, como as questões de invasões e deterioração do prédio. Sobre o novo projeto, João destacou o valor estético e histórico do edifício e da região. “Este projeto tem como ambição a revitalização dos edifícios e adaptação de seu uso a uma demanda contemporânea. Vemos a intervenção como um grande potencial para melhoria da região e manutenção da memória e do patrimônio material de Porto Alegre”, afirmou o arquiteto. Para isso, João explica que tomaram como premissa de projeto o restauro das fachadas externas, bem como as bay-windows e das aberturas originais de madeira. Segundo ele, o objetivo e´ ter a conformação da quadra, os acessos e passeios, assim como havia pensado o arquiteto Joseph Lutzenberger, aproveitando a boa orientação, insolação e ventilação. João também falou da proposta de colocar as pessoas da região uma do lado das outras e provocar empatia. “Nossa visão é: vamos dialogar e aproximar público, pois as pessoas estão muito afastadas, não tem interação com a cidade”, analisou. “A ideia do Vila Flores também é provocar esse convívio, essa troca de saberes, para conseguir chegar na cidade que a gente quer”, complementou.
A arquiteta Cibele Vieira Figueira, professora da PUCRS, contou que existia dentro da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo uma discussão muito grande de uma área muito genérica. “Notamos que precisávamos de um estudo mais focado”, declarou. Cibele contou então que a própria faculdade começou a trabalhar o 4º distrito de forma diferente. Por meio do projeto Ateliê Vertical, os desafios da região integram as disciplinas de projeto arquitetônico e de urbanismo e algumas de história da arquitetura. “Hoje temos na faculdade uma série de profissionais com diferentes conhecimentos que vão construindo um pensamento coletivo sobre o lugar, com o objetivo de tentar entender melhor a cidade. Estamos estreitando os laços acadêmicos com a sociedade civil, conectando a vizinhança do 4º Distrito, que é muito importante para o processo de transformação da região”, informou a professora. Na Faculdade Cibele também revela que os trabalhos estão abordando conceitos que resgatam e revalorizam aspectos essenciais da história do bairro ao mesmo tempo em que propõem novas intervenções na sua arquitetura, visando sua qualificação enquanto cidade para pessoas. “O 4° Distrito possui diversos bairros que, a pesar das deficiências hoje observadas, revelam um enorme potencial”, acredita Cibele.