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IAB-RS na reunião com a Comissão de Serviços Públicos da Assembléia Legislativa

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O IAB-RS, representado pelo arquiteto João Paulo Umpierre Pohlmann, participou da audiência pública da Comissão de Serviços Públicos e da Subcomissão Mista sobre a Expansão do Sistema de Transporte Metropolitano de Passageiros – Sistema de Trens Urbanos / TRENSURB, realizada no dia 25 de março. Em pauta estava a discussão sobre a implantação de fluxos ferroviários, debate no qual o IAB-RS se posicionou contra a adoção da “mão inglesa” pelo sistema. Veja abaixo o documento na íntegra: DE ENTIDADES COM A COMISSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Assunto: IMPLANTAÇÃO DA LINHA 2 DO TRENSURB
Manifestação do IAB
Representante: Arq. João Paulo Umpierre Pohlmann
Local: Assembléia Legislativa (sala Maurício Cardoso)
Data: 25/03/2004 RELATÓRIO DA EXPOSIÇÃO Aspectos pertinentes a serem considerados nesta reunião: 1. Implantação dos fluxos ferroviários em “mão inglesa” deve ser evitada. Na implantação da linha do Trensurb (década de 80), não houve a preocupação de exigir o tipo de fluxos adotado no país, porque a circulação dos trens seria na superfície. No momento em que é sugerida a construção da linha 2, e que, segundo informações será subterrânea, a necessidade de evitar a “mão inglesa” passa a ser determinante. Nossa população está habituada à posição dos fluxos viários vigentes e em busca de localizações espaciais no tecido urbano, procede dentro da realidade conhecida (estabelecida). Imagine-se, implantar um sistema de grande capacidade na forma invertida do seu raciocínio e instalado subterrâneo, onde não existe a possibilidade de estabelecer referenciais na paisagem urbana. Tal hipótese poderia ser considerada como um grande desconforto. Problemática da ultrapassagem da Área Central A implantação de linhas de transporte coletivo, em especial as de grande capacidade, que ultrapassem a Área Central, deve ser muito bem elaborada. Esta circunstância pode causar grandes prejuízos financeiros, devido a problemas sérios na operação da linha.
Caso as demandas de passageiros nas duas pontas da linha forem diferentes e ou, os desembarques de cada trecho no centro forem desiguais, haverá o comprometimento da Área Central, além de implicações antieconômicas. Num primeiro momento, na busca da economia, mudam-se as freqüências dos dois trechos e reduzem-se as composições no trecho menos carregado. Como conseqüência disso, nos picos horários, começam a sobrar vagões em plena Área Central. Isto requer muito espaço para armazená-los.
Noutra deliberação, os trens que chegam lotados no centro urbano, onde desembarcam inúmeros usuários, são enviados para o outro trecho, de onde retornam quase vazios. Nestas condições de operação, pode ser imaginado o montante do prejuízo após decorrido um ano.
Proposta inserida / relacionada com a área urbana e demais modos de transporte
O sistema a ser implantado, além de solucionar os aspectos de transportes públicos da linha, deverá cumprir uma função social por estar inserido no tecido urbano e propiciar uma ampla integração modal.
Dentro deste pensamento, é necessário hierarquizar as estações da linha em função da densidade urbana/ das atividades econômicas instaladas/ dos pólos de atração de viagens, existentes em seu entorno, bem como da natureza e possibilidades de sua integração com outros modos de transporte.
Além disso é necessário proceder uma reformulação do sistema de transportes em seus aspectos de traçado de redes, de operação, de integração tarifária e de embasamentos legais e institucionais, especialmente nos eixos interurbanos, norte e nordeste, com vistas a reduzir o seu número de ônibus no território do município, e desta forma, aliviar o meio ambiente do centro de nossa cidade.
Para alcançar este objetivo, é indicado implantar terminais de integração em locais estratégicos, ponto final das linhas interurbanas, longe do centro, alguns já implantados, porém em condições de possibilitar os mais variados transbordos para as linhas de ônibus urbanos e para os ramais ferroviários do Trensurb. A população da Região Metropolitana seria beneficiada porque teria condições de alcançar qualquer ponto do município, através do uso do transporte coletivo. O sucesso desta proposta está calcado nas facilidades e serviços colocados à disposição dos usuários nos locais de transbordos. O fato de, aproveitando um transbordo poder resolver qualquer assunto, como por exemplo, a marcação de uma consulta do SUS, entre outros exemplos, como realizar alguma compra ou um saque bancário, mudará a figura atual de que o transbordo é um transtorno. Daí, a importância de hierarquizar as estações da Linha 2 para alinhar um programa de necessidades a fim de nortear os respectivos projetos arquitetônicos.
Os empresários detentores das concessões de linhas interurbanas não seriam prejudicados. Muito ao contrário, a rapidez conseguida nas viagens cheias (ida e volta), por não haver necessidade de deslocamentos até o centro de Porto Alegre, permitiria efetuar no intervalo, mais viagens com o mesmo veículo. Esta característica operacional das linhas teria como conseqüência a redução do número de veículos e dos custos envolvidos.
Este enfoque visualiza um novo modelo de transporte integrado, levando em consideração o Eixo Norte (BR-116), o Eixo Nordeste (Cachoeirinha, Gravataí e Alvorada), o Trensurb 1 e 2, o Corredor Farrapos e o Corredor Assis Brasil.
Assessoria do IAB na elaboração e supervisão de Concursos Públicos
IAB além de se colocar à disposição da Comissão de Serviços Públicos para quaisquer esclarecimentos sobre o tema abordado, aproveita a oportunidade para agradecer o convite de participação, e também, para oferecer a sua assessoria na elaboração e supervisão de Concursos Públicos sobre este assunto.

Por: Diretoria Instituto de Arquitetos do Brasil - IAB

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